Universidade do Algarve celebra aniversário e atribui Honoris Causa a Pedroso de Lima

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A Universidade do Algarve celebra 32 anos, numa cerimónia com início às 17h00 do dia 14 de dezembro, e atribui o Doutoramento Honoris Causa a João José Pedroso de Lima, Professor jubilado da Universidade de Coimbra, que terá como padrinho José Veiga Simão.

As comemorações decorrerão no Grande Auditório do Campus de Gambelas e incluem uma sessão pública aberta à comunidade.

A propósito desta distinção, Pedroso de Lima considera tratar-se de “um ato solene e de grande significado, em que é conferido ao candidato a maior honra que um universitário pode receber, vinda dos seus pares, como reconhecimento de mérito na contribuição para a ciência e para a sociedade”.

“A enorme gratidão à Universidade do Algarve e às pessoas que quiseram que este evento tivesse lugar, é acompanhada, em mim, de um sentimento de grande orgulho por viver o privilégio de me tornar um novo membro desta excelente Universidade. Orgulho também por sentir que tive algum contributo para o seu engrandecimento. Sempre trabalhei com enorme prazer na Universidade do Algarve. Por múltiplas razões, para as quais, certamente, as pessoas, o nível de ensino, o clima e as excelentes instalações dão o seu contributo”, confidencia Pedroso de Lima. “A situação de membro desta Universidade é mais uma razão e, agora com o novo estatuto, tudo farei para contribuir com o meu esforço no apoio das áreas em que tal seja considerado de interesse”.

José Veiga Simão, padrinho do homenageado, justifica este convite dizendo que: “o Professor Doutor Pedroso Lima foi um dos jovens colaboradores da Universidade de Lourenço Marques que lhe proporcionou o doutoramento na Universidade de Manchester, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Distinguiu-se nessa Universidade pela criação e funcionamento de um moderno Laboratório de Radioisótopos, anexo à Faculdade de Medicina”.

Com alguma nostalgia acrescenta ainda “no fio da minha memória, a maior alegria que tenho relaciona-se com o sucesso das equipas de eleição que comigo colaboraram em várias épocas, de entre as quais a da Universidade de Lourenço Marques. Recordo que três reitores da Universidade do Algarve, os Professores Doutores Carlos Lloyd Braga, Montalvão Marques e Eugénio Alte da Veiga se contam entre esses colaboradores.”

Sobre o percurso de Pedroso de Lima, Veiga Simão destaca a sua excelente contribuição para a formação de médicos e técnicos da saúde a nível nacional e internacional e para o avanço da Ciência nas áreas da Física Médica, da Biofísica, da Radiologia, da Radioterapia e da Medicina Nuclear. “Saliente-se também o facto de ser um dos grandes responsáveis pela criação de infraestruturas tecnológicas de apoio às ciências médicas em várias universidades e no Sistema Nacional de Saúde”, conclui Veiga Simão.

A propósito desta atribuição, o Reitor da UAlg explica: “o Professor Pedroso de Lima colaborou com a Universidade do Algarve em diversos momentos, transferindo para as atividades que apoiou o seu conhecimento e as suas competências. Alguns mestrados oferecidos no passado na área da imagiologia, da bioengenharia e da física médica, assim como o início da licenciatura em Ciências Biomédicas, beneficiaram da sua colaboração e do seu apoio”. Sobre o seu percurso académico nestas áreas, João Guerreiro considera que é notável e que, desde sempre, colaborou com as novas universidades nos domínios que são da sua especialidade. “A sua carreira só foi perturbada com a jubilação, situação a que os professores universitários são obrigados quando atingem no ativo os 70 anos de idade. Mesmo depois desse limite, o Professor Pedroso de Lima manteve a sua colaboração com as universidades, limitado apenas pelas imposições que a lei estabelece para os professores jubilados.”

Em dia de aniversário, o Reitor da UAlg considera que “nestes 32 anos a Universidade já formou cerca de 25 mil diplomados em diversas áreas do saber. A investigação científica em cinco ou seis áreas é relevante (Mar, Biociências, Turismo, Artes, Património, para citar as principais). A atividade de fomento empresarial reforçou-se nos últimos anos (cerca de 40 empresas impulsionadas nos últimos quatro anos).” Portanto, segundo João Guerreiro “o balanço é positivo, embora o futuro seja problemático para o sistema universitário português”. Na sua opinião, as limitações orçamentais são profundas e as exigências da economia (das empresas) são, nesta fase, pouco relevantes. “Esperemos que este momento passe, que Portugal cresça, que a economia se dinamize, que a inovação reentre novamente nas intenções da sociedade. Essa a grande expetativa das universidades que continuam com o seu trabalho persistente e minucioso de qualificar os recursos humanos, de produzir conhecimento e de lançar raízes para uma colaboração mais ativa com os diversos setores da sociedade”, conclui o Reitor da UAlg.

Faro, 13 de dezembro de 2011

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