Biotério
O Biotério do CBMR-UAlg é uma instalação com alvará para a criação, manutenção e utilização de animais para fins científicos, atribuído pela entidade reguladora (DGAV). É uma unidade especializada em investigação biomédica em pequenos roedores, sob condições livres de patogéneos específicos (SPF - Specific Pathogen Free).
O staff técnico e utilizadores do Biotério do CBMR-UAlg seguem as normas de saúde e bem-estar animal, estabelecidas na Portaria nº 1005/92 e no Decreto-lei nº 113/2013 em Diário da República, transposta da Diretiva Europeia 2010/63/EU. O estabelecimento segue as diretrizes da Comissão Europeia (2007/526/CE) sobre alojamento e prestação de cuidados aos animais e as recomendações da FELASA (Federation of European Laboratory Animal Science Associations) sobre o bem-estar dos animais de laboratório, bem como os pareceres do ORBEA, descritos no regulamento nº 806/2016. O Biotério do CBMR-UAlg fornece apoio nos projetos científicos que envolvam a utilização de animais para fins científicos, com foco no Princípio dos 3Rs – Substituição (Replacement), Redução (Reduction) e Refinamento (Refinement), promovendo uma utilização consciente e responsável dos animais de laboratório.
O Biotério do CBMR-UAlg tem uma capacidade máxima de alojamento até 3700 pequenos roedores. A instalação tem capacidade de alojamento que varia consoante o tipo de gaiola, sendo esta a seguinte: 120 gaiolas de IVC (Individually Ventilated Cage) de pressão positiva, 60 gaiolas de IVC de pressão negativa e 560 gaiolas FT (Filter Top), com um máximo de 5 murganhos por gaiola. A unidade está preparada para a criação e manutenção de colónias de murganho (Mus musculus) de estirpe selvagem (nomeadamente C57BL6/J) e de organismos geneticamente modificados, de ratinho espinhoso africano (Acomys spp.) e de ratos (Rattus norvegicus). Para além das rotinas normais de prestação de cuidados aos animais, a equipa do Biotério dispõe também de serviços especializados como, gestão de colónias, recolha de amostras e suporte experimental às atividades de investigação dentro do biotério.
A experimentação em pequenos roedores é uma ferramenta de enorme contributo no processo científico, de grande importância numa fase pré-clínica, quer no desenvolvimento novas tecnologias e avanços terapêuticos, quer em testes de segurança e avaliação da eficácia de novos fármacos. Atualmente, mesmo com a tecnologia mais avançada, não é possível reproduzir a complexidade das interações que ocorrem entre as células, tecidos e órgãos no ser humano. No contexto de compreender essas interações e facilitar o desenvolvimento de novas terapias, a metodologia científica elege os animais, na sua maioria roedores, como modelo experimental do Homem. Nomeadamente, a elevada homologia genética com o ser humano, a facilidade na manipulação genética, o breve período de gestação e o ciclo de vida curto, fazem dos roedores uma excelente ferramenta de pesquisa.
O progresso na biomedicina está dependente da inovação e tradução de descobertas laboratoriais em prática clínica. Neste processo de investigação biomédica, a experimentação animal é geralmente um pré-requisito para a validação de hipóteses científicas e um mecanismo que permitirá aos pacientes beneficiarem de novas aplicações terapêuticas.
Responsável pela unidade: Clévio Nóbrega
Gestor da unidade: Vítor Fernandes
Tel: 289 800 900 | (2) 303 747
Técnico da unidade: Regina Peão
Tel: 289 800 056