Prémio Manuel Gomes Guerreiro

Pretende galardoar uma obra publicada, livro ou tese de doutoramento, que contribua para o desenvolvimento científico numa das áreas de conhecimento da Universidade do Algarve.

Requisitos

Serão admitidos autores de qualquer nacionalidade, procurando-se estimular, particularmente, os jovens investigadores.

Critérios

Este prémio de caráter anual, organizado pela Universidade do Algarve com o Patrocínio da Câmara Municipal de Loulé e da Câmara Municipal de Faro, pretende premiar o melhor trabalho numa das seguintes áreas: 

  • Artes, Comunicação e Património
  • Ciências Sociais e da Educação
  • Ciências e Tecnologias da Saúde
  • Ciências Exatas e Naturais
  • Economia, Gestão e Turismo
  • Engenharias e Tecnologias

Cada candidato só poderá submeter um trabalho que tenha sido publicado no ano de edição do concurso ou no ano antecedente, que não tenha sido premiado anteriormente.

Caso o candidato se apresente ao concurso com uma tese de doutoramento, esta só será aceite se estiver concluída.

Os trabalhos apresentados a concurso têm que ser obrigatoriamente redigidos em língua portuguesa ou inglesa.

Prémio

O Prémio tem um valor pecuniário único de 10 mil Euros.

Candidatura

Decorre de 15 de maio a 1 de julho de 2022.

Os interessados deverão preencher o formulário de candidatura (ver caixa de Documentos) e entregá-lo diretamente no Expediente Geral da UAlg, no Campus da Penha, ou enviá-lo por via postal, através de carta registada. O formulário deverá ser acompanhado por três cópias do trabalho, em versão integral, sendo uma em suporte papel e duas em suporte digital. 

Júri do Concurso (edição 2022)

Francisco Louçã
Helena Pereira
Luís Raposo
Maria do Carmo Fonseca
Maria Eduarda Gonçalves
Zita Vale

Atribuição do Prémio

O prémio será entregue em dezembro, de cada ano civil, na cerimónia pública do Dia da Universidade.

Premiados

Graça Maria dos Santos Palma

 

Susana Calado Martins

Graça Maria dos Santos Palma e Susana Calado Martins são as autoras premiadas pela obra “RED BOOK, Lista Vermelha das Atividades Artesanais Algarvias".

Sobre a importância do prémio, Graça Palma e Susana Martins realçam “em primeiro lugar, o mérito próprio de valorizar e partilhar o conhecimento em relação a temáticas tão caras ao Professor Manuel Gomes Guerreiro, como o ambiente, os territórios de interior e a sustentabilidade”. No caso deste estudo em particular, concretizam “é uma oportunidade para disseminar um trabalho pioneiro no que se refere a um estudo científico sobre o grau de risco que correm as atividades artesanais do Algarve e que, por isso, consideramos ser um instrumento de trabalho fundamental para agir no sentido da sua salvaguarda”.

Para as premiadas “é muito gratificante ver reconhecido um trabalho que vem na sequência de uma intervenção que temos desenvolvido nos últimos nove anos, no âmbito do Projeto TASA, e que nos permitiu ter um contacto muito próximo com uma realidade que há muito defendemos ser necessário conhecer para compreender e desse modo poder salvaguardar”.

Menções Honrosas

Ana Teresa Martins Sousa Santos

 

“Computational Innovation Studies: Understanding innovation studies through novel scientometric approaches”, de Ana Teresa Martins Sousa Santos, recebeu uma menção honrosa.

"A tese demonstra uma grande qualidade científica, bem como um potencial elevado ao nível do impacto económico e societal. O Júri pensou que seria relevante distinguir esta obra de forma a reconhecer a importância dos jovens investigadores no mundo da ciência".

 

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Foi também atribuída a menção honrosa à obra “Technological Change, Efficiency and Energy”, de Zheng Hou.

"A tese demonstra uma grande qualidade científica, bem como um potencial elevado ao nível do impacto económico e societal. O Júri pensou que seria relevante distinguir esta obra de forma a reconhecer a importância dos jovens investigadores no mundo da ciência".

 

Paulo Nunes

Paulo Henrique Faria Nunes é doutor em Ciências Políticas e Sociais pela Universidade de Liège, na Bélgica, e ingressou no quadro da Pontifícia Universidade Católica de Goiás em 2004, onde atualmente ministra aulas nos cursos de graduação em Direito e Relações Internacionais e participa de grupos de pesquisa.

O trabalho premiado, «A Institucionalização da Pan-Amazônia», faz uma abordagem singular sobre a questão complexa da gestão da Amazónia, enquanto espaço geográfico único no planeta, vista à luz dos vários cruzamentos de dados de natureza histórica, económica, geopolítica e jurídica.

Analisa os principais fatores que favorecem e dificultam o desenvolvimento de uma diplomacia pan-amazônica, tendo em vista que a floresta tropical representa, simultaneamente, um trunfo e um motivo de preocupação. A obra, de caráter multidisciplinar, segundo o autor “visa suprir uma lacuna académica e editorial”. Defende ainda que a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, conquanto anterior ao MERCOSUL e à União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), é uma “notória desconhecida”, reconhecendo que “a produção dedicada ao assunto é pequena e, consequentemente, os problemas da diplomacia pan-amazônica não figuram entre as leituras regulares de estudantes de geografia, ciência política, relações internacionais e direito”. O autor – graduado em Direito, mestre em Geografia e doutor em Ciências Políticas e Sociais – desenvolve uma pesquisa fundamentada em extensa revisão bibliográfica, fontes primárias (documentos, dados estatísticos) e atos normativos nacionais e internacionais.

Menção Honrosa 

Daniel Henrique

Foi atribuída uma menção honrosa a Daniel Henrique Alexandre Santana, pelo importante contributo na divulgação do trabalho artístico do arquiteto e mestre canteiro algarvio mais importante do século XVIII com a obra “Diogo Tavares e Ataíde”.

Documentos

Regulamento para atribuição do Prémio Manuel Gomes Guerreiro
Formulário de Candidatura Prémio MGG
 

Sobre Manuel Gomes Guerreiro

Manuel Gomes Guerreiro nasceu no sítio das Vargens, na freguesia de Querença, no ano de 1919. Foi engenheiro silvicultor, a partir de 1943.

Ingressou nesse mesmo ano na Estação de Experimentação Florestal do Sobreiro, instalada em Alcobaça, e dirigida pela figura prestigiosa de Joaquim Vieira Natividade, tendo-se dedicado especialmente aos estudos das ecologias de algumas espécies da flora florestal portuguesa, nomeadamente dos géneros Populus, Castanea e Quercus.

Em 1967 prestou provas para professor agregado e mais tarde para professor extraordinário da Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia. A partir da Universidade de Luanda, onde se encontrava em comissão de serviço, foi aprovado, por unanimidade, em 1968, para professor catedrático.

Foi investigador e depois diretor do Instituto de Investigação Científica de Moçambique, a partir de 1958, e, mais tarde, em Angola, diretor dos cursos de Agronomia e de Silvicultura, tendo exercido as funções de vice-reitor da Universidade de Luanda a partir de 1972. Tomou posse, em janeiro de 1974, como vogal da Comissão Instaladora da Universidade de Évora, tendo sido transferido mais tarde, a seu pedido, para a Universidade Nova de Lisboa, onde foi responsável pelo Departamento de Ciências do Ambiente.

Em 1979 foi designado presidente da Comissão Instaladora da Universidade do Algarve, tendo-se tornado o seu primeiro Reitor em 1982, funções que deixou de exercer, a seu pedido, em 1986.

Foi secretário de estado do Ambiente no primeiro governo constitucional nos anos de 1976 e 1977.

Depois de jubilado, em 1989, ingressou, por convite, nos quadros diretivos da Universidade Internacional, tendo sido, pouco tempos depois, eleito vice-reitor da mesma instituição de ensino superior.

É autor de vasta bibliografia, especialmente nos domínios da Silvicultura, da Ecologia e do Ensino.

Manuel Gomes Guerreiro foi uma das mais destacadas figuras do Algarve do século XX, não só como cidadão, mas também como cientista.

Faleceu a 10 de abril de 2000.

Manuel Gomes Guerreiro

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