Algas na Praia

Grandes quantidades de algas nas praias, tanto no mar como na areia, podem ser um sinal de desequilíbrios nos ecossistemas marinhos. Ajude os nossos investigadores a identificar este tipo de situações. Se encontrar uma acumulação excessiva de algas, envie-nos informação.

Grandes quantidades de algas nas praias, tanto no mar como na areia, podem ser um sinal de desequilíbrios nos ecossistemas marinhos. Ajude os nossos investigadores a identificar este tipo de situações. 

Se encontrar uma acumulação excessiva de algas, envie-nos informação por aqui:

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Algas na Praia?!

É normal encontrarmos algas no mar e na praia! Mas quando há demasiadas algas podemos estar perante situações que resultam de um excesso de nutrientes provenientes da descarga de efluentes urbanos ou da fertilização na agricultura. Quando as algas crescem de forma excessiva, podem prejudicar a biodiversidade, as pescas e a qualidade ambiental da praia.

Os nossos investigadores trabalham com uma rede de parceiros para estudar as acumulações excessivas de algas nas praias. Nesta fase inicial, procuram saber mais sobre estas algas: de que espécies se tratam? Quando e onde ocorrem? O registo sistemático das acumulações de algas na costa portuguesa vai permitir responder a várias questões: o que está na sua origem? Quais os seus impactos?

Estas acumulações estão-se a tornar mais ou menos frequentes? Dependendo da espécie que está a causar a acumulação, o problema pode ser mais ou menos preocupante. Uma das maiores preocupações é a acumulação excessiva de algas invasoras, uma vez que estas podem ter um impacto muito negativo nas espécies nativas das nossas costas.

Dependendo da espécie e da extensão da acumulação de algas, poderá ser aconselhável remover as algas da praia. Os nossos investigadores, apesar de não terem essa responsabilidade (nem os meios para o fazer), irão contactar as autoridades competentes sempre que a remoção se justifique. 

A remoção de algas, porém, é um trabalho difícil e que acarreta custos imprevisíveis para as autoridades. No entanto, os nossos investigadores estão a estudar formas de tirar proveito das algas removidas, que podem conter substâncias com potenciais benefícios para a saúde. Através do projeto NUTRISAFE, os investigadores procuram desenvolver  um novo suplemento alimentar, a partir de algas invasoras, com caraterísticas anti-inflamatórias e de proteção vascular e pulmonar, de modo a  reduzir comorbidades comuns associadas ao envelhecimento e às doenças inflamatórias crónicas.
 

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A iniciativa “Algas na Praia” integra o projeto NUTRISAFE, o qual é financiado por:

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O que já descobrimos com a informação que nos enviaram?

No total, recebemos 96 registos em 2021 e 144 registos em 2022. Com esta informação que os cidadãos e profissionais das praias nos enviaram, identificámos 3 zonas de acumulação diferentes ao longo da costa sul do Algarve.  

Nas costas rochosas do Barlavento, as acumulações foram causadas por uma alga castanha invasora originária dos mares do Japão e Coreia, cujo nome científico é Rugulopteryx okamurae. As acumulações causadas por esta alga observaram-se nos dois anos, 2021 e 2022, e parecem estar a aumentar em extensão.

Nas praias da zona central do Algarve, entre Albufeira e Faro, a alga vermelha invasora Asparagopsis armata, nativa das águas da Austrália e Nova Zelândia, foi a responsável pelas acumulações registadas, tanto em 2021 como em 2022.

Na costa arenosa do Sotavento Algarvio, a alga verde Ulva sp., nativa das nossas águas, foi a principal responsável pelas grandes acumulações que se observaram em 2021. Em 2022, contudo, poucas acumulações se registaram nestas praias, o que pode ser devido a diferentes condições ambientais.

 
 
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